Dentro da Ciência da Administração, há uma disciplina específica que estuda as leis da competitividade no mercado


Em uma economia de mercado, competitividade é uma palavra-chave para as empresas. Ela baseia-se na capacidade que um negócio tem de atender às necessidades de seus clientes com maior êxito do que outras empresas que atuam no mesmo setor. 

Dentro da Ciência da Administração, há uma disciplina específica que estuda as leis da competitividade no mercado, com destaque para os estudos de Michael Porter, autor de livros como "As vantagens competitivas das nações" e do clássico paper "Como as forças competitivas moldam a estratégia"

Segundo Porter, há cinco forças que definem o cenário competitivo: ameaça de novos entrantes, poder de barganha dos fornecedores, poder de barganha dos clientes, ameaça de produtos ou serviços substitutos e a rivalidade entre concorrentes. Em última análise, a competitividade estimula a inovação e melhora a oferta de serviços, consequentemente aumentando o valor de mercado das empresas. Nesta matéria nós evidenciamos "Exemplos práticos da análise da 5 forças de Porter" para que você entenda um pouco mais da prática e não tanto da teoria que envolve a estratégia de Porter.

Mas não é necessário ser um especialista no assunto para saber que uma empresa só sobrevive enquanto se mantiver competitiva, seja em nível local ou global. Observando as movimentações de grandes empresas, é possível aprender um pouco mais sobre estratégia, inovação e práticas de gestão e como aplicar esses princípios em qualquer negócio.

Confira abaixo três casos onde a estratégia competitiva foi fundamental para a sobrevivência das empresas.

Apple vs. Nokia

A marca finlandesa Nokia sempre foi uma das mais fortes e inovadoras no mercado de celulares. Seus aparelhos são conhecidos não apenas pela qualidade, mas principalmente pela resistência e durabilidade. Em 1997, a empresa lançou o primeiro aparelho com acesso à internet via WAP, o 7110.

Em janeiro de 2007, Steve Jobs, então CEO da Apple, apresentou o produto que redefiniria todo o mercado de celulares e salvaria a empresa. Para escapar do oceano vermelho do mercado de computadores de mesa, a Apple decidiu diversificar seu portfolio de produtos, tendência que começou com o iPod, em 2002.

O iPhone era mais do que um celular com internet. Ele centralizava toda a experiência do usuário e se tornou cada vez mais um produto essencial para qualquer pessoa ter ao lado em qualquer situação. Mesmo em um mercado concorrido, o aparelho conceitual trouxe uma inovação sem precedentes. No diagrama de Porter, o iPhone poderia ser classificado como a "ameaça de novos produtos ou serviços".

Em 2013, a Nokia foi adquirida pela Microsoft; posteriormente, a marca foi desmembrada e revendida para montadoras chinesas. No terceiro trimestre de 2016, a Apple vendeu 45,5 milhões de iPhones. Para você entender melhor sobre a estratégia do oceano azul e formas de evitar a concorrência, nós montamos um matéria especial que traz um infográfico para que você compreenda melhor toda essa história.

Facebook vs. Mídia

Na década passada, era comum especular se os meios de comunicação online iriam acabar com os tradicionais, em especial os impressos. O que acontece hoje é um pouco diferente do que foi previsto: a concorrência contra os meios de comunicação veio de um serviço baseado na internet que não pertence ao mercado de mídia: o Facebook.

O Facebook é utilizado como fonte primária de notícias por 61% dos chamados millenials quando o assunto é governo e política, aponta o centro de pesquisas Pew Research. No Brasil, cerca de 70% dos brasileiros usam a rede social como fonte principal de informação, segundo a Quartz. Enquanto isso, redações no Brasil e no exterior demitiram jornalistas às dezenas.

No esquema de Porter, a rede social representa a "ameaça de novos entrantes". O caso serve para lembrar que os novos entrantes não precisam pertencer à mesma indústria para desequilibrar o mercado e redefinir as relações. Atualmente, todos os jornais centenários, como o Wall Street Journal e o New York Times, têm uma página no Facebook.

Aço Cearense vs. Gerdau

Vilmar Ferreira, fundador da Aço Cearense, deixou a vida humilde no campo para se tornar um dos maiores empresários industriais do Nordeste. Mas, antes disso, atuou como distribuidor autorizado da Gerdau – chegou a ser o maior cliente da companhia. A relação foi desfeita quando a multinacional encerrou as remessas para a Aço Cearense. A relação de forças, que antes era de cliente e fornecedor, passou a ser de rivalidade entre concorrentes do mesmo mercado.

A saída foi ousada: Vilmar decidiu importar aço numa época em que o mercado brasileiro era extremamente fechado – apenas na década de 1990, durante o Governo Collor, houve a abertura para produtos estrangeiros. O reposicionamento do negócio foi vital para a sua sobrevivência. Em vez de ser um elo frágil e periférico na imensa cadeia da Gerdau, a Aço Cearense entrou como concorrente, com a sua própria carteira de clientes.

A história de Vilmar Ferreira será tema do próximo Estudo de Caso do meuSucesso. São mais de seis episódios que contam desde a história de vida e infância do empreendedor, passando pelo origem do empreendedimento e consolidação do negócio até os planos futuros da empresa. Aqueles que querem conhecer de perto o Vilmar podem participar de nossa Pré-estreia que acontece na Cinépolis do Shopping JK e traz um documentário cinematográfico sobre o empreendedor aliado a uma bate-papo ao vivo entre o CEO do meuSucesso.com e o próprio empresário. Mais informações, você confere abaixo.

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